costa novaApenas Ser
... É certo que temos um corpo para viver, uma mente para pensar nos problemas e nas coisas de cada dia, na família, nas obrigações sociais e profissionais, etc., e que o nosso dever interno e externo é atender a tudo isto. Também temos uma consciência de realidade em estado latente, que devemos realizar do todo. O correcto é vivermos ambas as coisas à vez.
Quando uma pessoa vive muito equilibrada , quem sabe actua menos, mas fá-lo com mais eficácia do que se se movimentasse mais, e então, é-lhe mais fácil neutralizar a vontade neste pouco que actua para poder chegar à consciência central de Si mesmo. É essencial alcançar esta consciência central imóvel e estabelecer-se nela e, a partir daí, continuar vivendo todas as coisas. Agora aparecem-nos umas coisas contrapostas às outras, tendo a consciência do mundo e a consciência profunda de Ser. Mas não é que isto tenha de suceder sempre deste modo. O que se passa é que agora necessitamos de nos abstrair acidentalmente da consciência do mundo para descobrir o que há por detrás. Mas depois, conseguido o equilíbrio, é possível viver simultaneamente a consciência do mundo e a consciência do Ser.
Esta consciência de Ser tem-se quando nos sentimos Ser independentemente do mundo, suas qualidades e faculdades. E assim se vive sempre no eixo de Sushumna - canal central - , ou físicamente, na coluna vertebral, que por isso é chamada no Tantra de Centro do Mundo...
António Blay in
Tantra Yoga